
Jornadas Ecossocialistas em Viseu juntaram dezenas de ativistas ambientais
“Muda o sistema, não o clima” foi o mote para um dia de discussão em redor da questão da emergência climática e do ecossocialismo. Depois da discussão sobre as diferentes formas de ativismo que têm surgido ao longo da última década, o objetivo foi perceber como estas se podem articular para travar a emissão de gases com efeito de estufa e, consequentemente, travar a subida da temperatura do planeta para níveis que tornam insustentável a nossa existência, mas também a de todos os outros seres deste planeta.
A sessão dividiu-se em três momentos: um debate, uma roda de ativistas e um jantar. No primeiro, um painel de ativistas, partilhou perspetivas para dar resposta à emergência climática e ambiental. O painel foi constituído por intervenientes de diversas áreas e organizações: Maria Manuel Rola (membro da Comissão Parlamentar Ambiente, deputada), Miguel Heleno (Doutorado em Sistemas Eficientes de Energia e Investigador no Berkeley Lab’s Energy Technologies Area), Sofia Oliveira (Greve Climática Estudantil), Danilo Moreira (Empregos para o Clima), Helena da Silva (Gás é Andar Para Trás).
No segundo momento qualquer participante pôde assumir a palavra numa roda de ativistas muito heterogénea em termos de experiências de ativismo. A roda foi muito participada e as partilhas ricas em termos de experiências, desafios, estratégias e ferramentas para operar a mudança de sistema obrigatória nos menos de 11 anos que restam até ao ponto de não retorno.
Através da discussão de diversos temas, como o capitalismo verde, o marketing verde, a obsolescência programada, a soberania alimentar, a mobilidade e transportes ou as particularidades do activismo no interior, quem participou saiu das Jornadas Ecossocialistas com perspectivas alargadas, novos contactos e força para responder aos obstáculos que irão surgir nestes 11 anos.