Um dia, não há muito tempo, a ideia tomou forma: fazer nascer um movimento muito amplo, plural na sua constituição, diverso, abrangente, envolvendo todos os setores da população, desde utentes do Serviço Nacional de Saúde (SNS) às suas e seus profissionais, passando por gente que cuida e gente que necessita de cuidados, com o objetivo de defender um SNS mais forte e mais justo.
Há quem, pelas circunstâncias da vida, tenha o SNS “colado à pele” e faça da sua defesa uma causa, há as pessoas que tem a consciência de que o serviço público de saúde é um pilar essencial da nossa democracia e tem de ser preservado de ataques, desinvestimentos e desatenções. Mesmo quem não o utiliza, em boa consciência sabe da sua importância e defende o seu fortalecimento.
Na verdade, há poucas pessoas ou entidades que “queiram mal” ao SNS. Sabemos quem são e sabemos que, sendo poucas, são muito poderosas…
Tudo a dar força à ideia original da criação do Movimento em defesa de “+SNS”.
Foi lançado o Manifesto “Pelo Direito à Saúde, MAIS SNS”, entretanto subscrito por cerca de 5000 pessoas, com grande pluralidade profissional e etária, incluindo figuras públicas, também de diversos quadrantes partidários e áreas de atividade.
Este Manifesto é uma proclamação muito significativa quanto aos problemas do SNS – “O SNS está doente” -, quanto à sua importância como pilar essencial da Democracia – “O SNS é indispensável à sociedade portuguesa” – e quanto às soluções desejáveis e possíveis – “O SNS pode ser curado”. Nada mais é necessário como fundamento para que o Movimento se afirme e ganhe credibilidade, até como interlocutor para as questões da saúde.
[A leitura do texto e subscrição do Manifesto continua a fazer-se aqui: tinyurl.com/maissns-manifesto]
Após os jantares de lançamento associados ao 49º aniversário do 25 de Abril e alguns encontros de subscritores, a Comissão Promotora apostou na mobilização para uma manifestação cidadã, nacional e multissetorial, convocada para o dia 3 de junho, em Lisboa.
Com a manifestação, o Movimento tornou-se conhecido, adquiriu identidade e a sua ideia fundadora pode ser apropriada por muito mais pessoas.
Impõe-se agora um debate aberto que decida sobre a melhor forma de dar consistência e maturidade a um movimento que não pode desenvolver-se sem “gente dentro”, sem pessoas dispostas a darem o seu contributo ativo para a concretização das iniciativas necessárias. Este é um movimento integralmente sustentado por pessoas individualmente consideradas e não por organizações ou associações de qualquer natureza.
Não é difícil aderir aos objetivos, é mais difícil dar algum do nosso tempo para ajudar a avançar…
O que é notável é que, quem o conhece, quem o usa e quem dele usufrui, não desiste do SNS!
Para quem já a sente ou adivinha que a fragilidade vai aproximar-se e instalar-se, em si ou em quem lhe está por perto, “proximidade” é a palavra-chave e bem sabemos que essa proximidade do Serviço Nacional de Saúde exige mais profissionais com formações diversificadas e carreiras estimulantes, bem como mais unidades e equipamentos adequados.
É isso que merecemos e por isso nos bateremos! O ânimo persiste!
Sim, o SNS está doente!
Sim, o SNS é indispensável à sociedade portuguesa!
Sim, o SNS pode ser curado!
Façamos crescer a onda…